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sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Casamento de alemães II




Final de semana passado fui a outro casamento aqui na Alemanha, dessa vez em Flensburg. E foi bem bacana para me mostrar algumas semelhanças entre os casamentos alemães e, também, algumas diferenças.
Bom, pra começar, o estilo do casamento foi completamente diferente: com bem menos convidados e muito mais simples que o anterior, mas nem por isso menos interessante! Dessa vez os noivos optaram por fazer tudo no mesmo dia, abriram mão do religioso e fizeram o civil dentro de um antigo moinho de vento. Estava chovendo, e cheio de carros na frente, mas achei na internet o mesmíssimo moinho para vocês verem!


Mühle Fortuna (Google Images).



Logo se imagina que o local era bem pequeno, e alguns de nós ficamos de pé durante a cerimônia, que foi bem rápida. E de novo, o casamento era ao meio dia, o que explica porque quase ninguém se arruma para a cerimônia... O noivo esperou pela noiva lá fora, ela estava tão nervosa tentando não chorar e deu um grito de frustração porque não conseguiu, fazendo todo mundo rir! E de novo, como no casório anterior, entraram juntos.
Durante a cerimônia, eles também ficaram sentados, e em cada lateral da mesa ficou uma cadeira, em um lado estava sentada a madrinha da noiva e do outro a substituta para o padrinho do noivo (que está fazendo um intercâmbio na África e infelizmente não pode vir). Elas foram as testemunhas do civil, só não me pergunte o porquê do noivo não colocar então um outro amigo.
Quando acabou a cerimônia, fomos lá para fora antes dos noivos com os tubinhos de bola de sabão que ganhamos, mas não deve ser tão legal pra eles, pois fizeram mil caretas com tantas bolhas no rosto... Então os noivos subiram no moinho para tirar fotos e depois que desceram, todos cumprimentamos os noivos e ficamos lá na frente por um tempo em grupos conversando. O fotógrafo foi lá em cima tirar foto dos noivos com os convidados, alguns reclamaram por ter que fechar o guarda-chuva... A festa estava marcada apenas às 15 horas, mas avisaram que poderíamos ir direto.
Basicamente era uma fazenda, com uma tenda pequena em frente à um bar móvel com Chopp Flensburger, além de diversas outras cervejas alemãs, vinho, alguns drinks e shots do até então desconhecido (pelo menos para mim) licor alemão Jägermeister, que  me deixou estragada no dia seguinte. E a festa em si foi dentro de um antigo celeiro, limpo e pintado especialmente para a ocasião.

Entrada do celeiro.


Por dentro.



Graças a Deus meu namorado me proibiu de usar os sapatos que usei no casamento anterior (um scarpin lindo com salto assassino), comprei um pretinho básico baixinho que voltou pura lama, com o outro eu estaria entalada até agora na fazenda. E teria reclamado de novo de dor nos pés. E também, as pessoas estavam muito mais simples, a começar pela noiva que casou de rasteirinha.
Mas de novo tive impressão de que os noivos não tem protocolos para cumprir durante a festa, e com isso a festa fica muito mais leve e descontraída. Procuramos nossos nomes nas mesas e durante a tarde foi servido bolo e café. Dessa vez teve muito mais brincadeiras e homenagens, é como se fosse um chá bar no dia do casamento. Por exemplo, teve uma brincadeira que cada mesa ganhava um papel com 12 afirmações, e quando fosse verdade, os convidados tinham que se levantar e eles adivinhar o que era. Tinha desde “eu já viajei com o noivo” até “eu já vi a noiva pelada”. Nesse último alguns amigos do noivo levantaram de sacanagem! Foi bem engraçado, e a noiva era muito boa nas adivinhações!
Vários amigos montaram vídeos, mini teatro, tocaram uma música especial, discursos, todas as formas possíveis de se agradar aos noivos eram bem vindas. Final da tarde foi servido o jantar, estilo buffett, com sopa, sashimi e salada e depois carne, arroz e alguns salgados. Os doces eram todos em mini potes, comi um mousse de chocolate meio amargo com chantilly delicioso!
Antes do pessoal ir para pista de dança, os noivos cumpriram uma tradição local que era serrar um pedaço de madeira, chegaram alguns escoteiros com uma tora e um serrote e eles explicaram que o casamento é um trabalho em equipe, que já estava começando. Deu bastante trabalho, mas eles conseguiram, com todos batendo palmas e cantando para incentivar. Achei o máximo! Me desculpem a foto, só levei celular e eles fizeram isso no escuro, mas vou postar porque achei muito legal!!

Tradição da região.


E o restante da noite a comida ficou lá disponível, a bebida passando, música tocando (apesar dos amigos do noivo reclamarem a noite inteira do DJ), algum pessoal nas mesas batendo papo, a noiva jogou o buquê, voltou a música, e a festa foi pra lá das 3 horas da manhã, quando fomos embora. E os noivos na maior animação na pista de dança! Vocês acham que brasileiro gosta de uma festa? É porque ainda não conheceu um alemão...

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