Final de semana passado fui a outro casamento aqui na
Alemanha, dessa vez em Flensburg. E foi bem bacana para me mostrar algumas semelhanças
entre os casamentos alemães e, também, algumas diferenças.
Bom, pra começar, o estilo do casamento foi completamente
diferente: com bem menos convidados e muito mais simples que o anterior, mas
nem por isso menos interessante! Dessa vez os noivos optaram por fazer tudo no
mesmo dia, abriram mão do religioso e fizeram o civil dentro de um antigo
moinho de vento. Estava chovendo, e cheio de carros na frente, mas achei na
internet o mesmíssimo moinho para vocês verem!
Mühle Fortuna (Google Images). |
Logo se imagina que o local era bem pequeno, e alguns
de nós ficamos de pé durante a cerimônia, que foi bem rápida. E de novo, o
casamento era ao meio dia, o que explica porque quase ninguém se arruma para
a cerimônia... O noivo esperou pela noiva lá fora, ela estava tão nervosa
tentando não chorar e deu um grito de frustração porque não conseguiu, fazendo
todo mundo rir! E de novo, como no casório anterior, entraram juntos.
Durante a cerimônia, eles também ficaram sentados, e
em cada lateral da mesa ficou uma cadeira, em um lado estava sentada a madrinha
da noiva e do outro a substituta para o padrinho do noivo (que está fazendo um
intercâmbio na África e infelizmente não pode vir). Elas foram as testemunhas
do civil, só não me pergunte o porquê do noivo não colocar então um outro
amigo.
Quando acabou a cerimônia, fomos lá para fora antes
dos noivos com os tubinhos de bola de sabão que ganhamos, mas não deve ser tão
legal pra eles, pois fizeram mil caretas com tantas bolhas no rosto... Então os
noivos subiram no moinho para tirar fotos e depois que desceram, todos
cumprimentamos os noivos e ficamos lá na frente por um tempo em grupos
conversando. O fotógrafo foi lá em cima tirar foto dos noivos com os
convidados, alguns reclamaram por ter que fechar o guarda-chuva... A festa
estava marcada apenas às 15 horas, mas avisaram que poderíamos ir direto.
Basicamente era uma fazenda, com uma tenda pequena em frente
à um bar móvel com Chopp Flensburger, além de diversas outras cervejas alemãs,
vinho, alguns drinks e shots do até então desconhecido (pelo menos para mim)
licor alemão Jägermeister, que me deixou estragada no
dia seguinte. E a festa em si foi dentro de um antigo celeiro, limpo e
pintado especialmente para a ocasião.
Entrada do celeiro. |
Por dentro. |
Graças a Deus meu namorado me proibiu de usar os
sapatos que usei no casamento anterior (um scarpin lindo com salto assassino),
comprei um pretinho básico baixinho que voltou pura lama, com o outro
eu estaria entalada até agora na fazenda. E teria reclamado de novo de
dor nos pés. E também, as pessoas estavam muito mais simples, a começar pela
noiva que casou de rasteirinha.
Mas de novo tive impressão de que os noivos não tem
protocolos para cumprir durante a festa, e com isso a festa fica muito mais
leve e descontraída. Procuramos nossos nomes nas mesas e durante a tarde foi
servido bolo e café. Dessa vez teve muito mais brincadeiras e homenagens, é
como se fosse um chá bar no dia do casamento. Por exemplo, teve uma brincadeira
que cada mesa ganhava um papel com 12 afirmações, e quando fosse verdade, os
convidados tinham que se levantar e eles adivinhar o que era. Tinha desde “eu
já viajei com o noivo” até “eu já vi a noiva pelada”. Nesse último alguns
amigos do noivo levantaram de sacanagem! Foi bem engraçado, e a noiva era muito
boa nas adivinhações!
Vários amigos montaram vídeos, mini teatro, tocaram
uma música especial, discursos, todas as formas possíveis de se agradar aos
noivos eram bem vindas. Final da tarde foi servido o jantar, estilo buffett,
com sopa, sashimi e salada e depois carne, arroz e alguns salgados. Os doces
eram todos em mini potes, comi um mousse de chocolate meio amargo com chantilly
delicioso!
Antes do pessoal ir para pista de dança, os noivos
cumpriram uma tradição local que era serrar um pedaço de madeira, chegaram
alguns escoteiros com uma tora e um serrote e eles explicaram que o casamento é
um trabalho em equipe, que já estava começando. Deu bastante trabalho, mas eles
conseguiram, com todos batendo palmas e cantando para incentivar. Achei o
máximo! Me desculpem a foto, só levei celular e eles fizeram isso no escuro,
mas vou postar porque achei muito legal!!
Tradição da região. |
E o restante da noite a comida ficou lá
disponível, a bebida passando, música tocando (apesar dos amigos do noivo reclamarem a noite inteira do DJ), algum pessoal nas mesas batendo
papo, a noiva jogou o buquê, voltou a música, e a festa foi pra lá das 3 horas
da manhã, quando fomos embora. E os noivos na maior animação na pista de dança! Vocês acham que brasileiro gosta de uma festa? É
porque ainda não conheceu um alemão...
Nenhum comentário:
Postar um comentário